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Inter arranca empate no Beira-Rio contra o Sport e evita tropeção

Inter arranca empate no Beira-Rio contra o Sport e evita tropeção
Time pernambucano abre 2 a 0 como se jogasse em casa, mas gaúchos conseguem igualar o placar na etapa fnal na base do abafa

 
DESTAQUES DO JOGO
  • Deu certo

    Abafa


    Em momento adverso, Fernandão colocou o time todo no ataque e conseguiu chegar ao empate na base da pressão. Quase virou o placar

  • Lance crucial

    Letra furada


    Aos sete minutos de jogo, Damião recebeu lançamento rasteiro, na cara do gol. Só que o camisa 9 tentou de letra e a bola acabou saindo fraca.

  • Deu errado

    Contra-ataque


  • Quando o Sport se propôs a atacar no Beira-Rio, foi melhor em campo. Na segunda etapa, recuou e saiu de campo com a sensação de derrota.

A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
 
 
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Depois de ver o Sport abrir 2 a 0 no primeiro tempo, o Inter conseguiu se recuperar dentro de casa e igualar o placar na segunda etapa, na noite chuvosa deste domingo, no estádio Beira-Rio, em jogo válido pela 25ª rodada do Brasileirão 2012. O placar de 2 a 2 evitou um verdadeiro tropeção do time de Porto Alegre diante da sua torcida, mas não serviu para nenhuma das duas equipes. Enquanto o Colorado se manteve longe do G-4, os pernambucanos estão cada vez mais afundados na zona de rebaixamento.

Rithlelly e Gilsinho marcaram para os visitantes na primeira etapa. No segundo tempo, na tática do abafa, Cassiano descontou, e Leandro Damião decretou o empate. O centroavante ainda perdeu chance incrível de marcar mais um, mas abusou do preciosismo.

Na saída de campo, os colorados se mostraram chateados com o empate, mesmo com a reação. Com o resultado, o time gaúcho ficou na sétima posição, com 37 pontos – a seis do G-4. No próximo domingo, recebe o Bahia, em casa.

- Infelizmente o resultado não foi justo, pois no segundo tempo, somente nós continuamos atacando. Agora é pensar no Bahia, adversário difícil, mas temos que mostrar que aqui dentro do Beira Rio quem manda é o Inter – avaliou o lateral Edson Ratinho.

Na 17ª colocação, o Sport segue em situação preocupante, com 24 pontos. O sentimento entre os pernambucanos foi de derrota, ainda mais pela atuação de gala da primeira etapa.

- Pela circunstância, o ponto não foi muito bom. Tivemos vacilos, eu ainda tive a oportunidade de fazer o gol também, mas não fiz. Agora é bola para frente – comentou Edcarlos.

Leandro Damião, Internacional x Sport (Foto: Wesley Santos / Futura Press)Damião desperdiçou chance clara e depois se redimiu com gol
(Foto: Wesley Santos / Futura Press)

Aproveitando um início desequilibrado dos donos da casa, o Sport saiu em blitz ao ataque, tentando surpreender o Inter. Logo aos dois minutos, Renê recebeu lançamento entre Guiñazu e Rodrigo Dourado e bateu cruzado, rasteiro. Muriel se lançou no gramado, espichou o braço e conseguiu evitar o gol.

Passados oito minutos, o Inter se ajustou, voltou a acertar os passes e criou a chance cristalina de abrir o placar. Na verdade, o gol somente não saiu graças a uma decisão errada de Leandro Damião. Ao aproveitar um erro de passe defensivo, Diego Forlán entrou na área e rolou para o camisa 9 ter visão frontal da meta adversária, sem marcação. Talvez por preciosismo, o centroavante optou então por um chute de letra, sem força, e o goleiro Saulo defendeu sem grandes dificuldades. Momento digno de "Inacreditável Futebol Clube".

O lance desperdiçado parecia ter acordado o Inter, que seguia à frente, tomando as ações da partida. Aos 11 minutos, Edson Ratinho disparou da intermediária e exigiu grande intervenção de Saulo, que desviou com a ponta dos dedos pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio, Índio tocou de cabeça para fora.

Só que o fôlego colorado sumiu, e o Sport passou a atuar como se estivesse na Ilha do Retiro. Aos 19, Rithlelly colocou Muriel para trabalhar, arriscando de fora da área. O Leão era melhor e conseguiu mexer no placar aos 35. Absolutamente sem marcação, Rithlelly recebeu bola na área e chutou rasteiro, na saída de Muriel. Fácil, fácil.

Se as coisas já não iam bem para os donos na casa, com nervos abatidos pelo gol sofrido, só pioraram. Atônitos, os colorados não esboçavam reação. E o segundo gol saiu, com Gilsinho. Aos 41, Moacir aplicou meia-lua em Zé Mário e cruzou na área. Entre dois zagueiros, o atacante se lançou no gramado e desviou no cantinho direito de Muriel, que só pôde observar.

O saldo só não foi maior na primeira etapa porque Edcarlos errou a mira. O zagueiro também ficou na cara de Muriel, aos 43, e tocou por cobertura, pela linha de fundo.

Ao apito final do primeiro tempo, a pequena torcida presente no Beira-Rio vaiou muito os donos da casa. Para a volta do intervalo, o técnico Fernandão pediu mudança de postura e deixou a equipe mais ofensiva ao sacar o volante estreante Rodrigo Dourado, oriundo das categorias de base, para a entrada do atacante Cassiano.

Reação vermelha

A mudança de atitude solicitada por Fernandão veio no segundo tempo. O Inter se lançou ao ataque, mesmo sem muita organização, apostando simplesmente em uma das mais antigas táticas do futebol: o abafa. Já o Sport valorizava o resultado, saindo somente nos contragolpes.

Aos 15, o Inter quase descontou. Em cobrança de falta frontal, D’Alessandro caprichou na batida, mas a bola passou raspando o poste direito. Se não foi na técnica, o jeito foi apostar na força. Até que aos 17, Damião surgiu como ponteiro direito e fez cruzamento preciso. Moledo desviou, e Saulo salvou a primeira vez, mas não na segunda, quando Cassiano pegou o rebote e colocou 2 a 1 no placar.

Preocupado com o crescimento do Inter, Waldemar Lemos colocou Willian Rocha na vaga de Gilsinho, para supervisionar Cassiano, autor do gol. Fernandão tirou Forlán para experimentar a juventude de Lucas Lima.

O panorama seguia inalterado: o Inter atacava com quase todos os jogadores, enquanto o Sport privilegiava a marcação. O gol de empate foi o símbolo do segundo tempo. Aos 30, o zagueiro Rodrigo Moledo avançou pela ponta direita e fez cruzamento para Damião, agora sim posicionado como centroavante, desviar para as redes e se redimir do gol perdido.

O jogo seguiu aberto até o fim. Se Damião teve chance de ampliar de cabeça, o Sport assustou ao rondar a área colorada, quase sem defensores. Nos acréscimos, Índio teve oportunidade derradeira de marcar, mas desviou de cabeça para fora. E o placar não voltou a se mover.

Indignado, Fernandão critica atletas e desabafa: "Cheguei ao meu limite"

Após empate em 2 a 2 com o Sport no Beira-Rio, treinador reclama da ‘zona de conforto’ e promete mudanças no elenco

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre

 
 
 

Um Fernandão como nunca visto antes na carreira como treinador concedeu entrevista coletiva no Beira-Rio, logo após o empate em 2 a 2 diante do Sport, na noite deste domingo. Com semblante fechado, claramente irritado, o técnico esboçou indignação aos jornalistas presentes na sala de imprensa (assista ao vídeo ao lado).

Para “já”, Fernandão almeja não só mudança de postura do grupo colorado, mas também da mentalidade. Diagnosticou as atuações irregulares por um sentimento de “zona de conforto”. E disse que “chegou ao limite”.

- Entramos em uma zona de conforto. Ela tem que acabar. Já tínhamos diagnosticado isso há um tempo. Hoje foi uma resposta bem clara. A culpa é toda minha. É difícil chegar à beira de campo do Beira-Rio e rezar para saber qual time estará em campo. Ou sai da zona da conforto ou começo a trocar as peças.

A indignação de Fernandão culminou no fim do primeiro tempo, quando o time mostrou apatia e saiu do gramado com 2 a 0 contra, sob vaias das arquibancadas. Segundo o treinador, o sentimento naquele momento foi só um: vergonha.

- Tive vergonha, a torcida tinha razão naquele momento. Era de se vaiar, xingar. Queria estar em qualquer lugar da terra, menos onde estava. Não sei se o Inter precisa de um treinador amigo nesse momento. Se for preciso, serei inimigo deles para fazer esse time jogar.

Independentemente de ser eu ou outro (treinador), chegou ao momento de estar lá dentro e escolher a dedo. Quem não quiser, que a direção dê férias e continue pagando
Fernandão, técnico do Inter

Para o treinador, o grupo não está “mentalmente pronto” para ser campeão. Crítico do próprio trabalho, Fernandão sabe está sob pressão. Nem mais tem a certeza de que permanecerá até o fim da temporada. Mas garante que não abandonará o cargo.

- Independentemente de ser eu ou outro (treinador), chegou ao momento de estar lá dentro e escolher a dedo. Quem não quiser, que a direção dê férias e continue pagando. Falo isso para que o time ganhe indignação. O Inter tem qualidade imensa, precisa brigar pela ponta de cima. Nos anos 70 ganhava, quem tinha técnica ganhava. Hoje, quem tem técnica, mas não tem mentalidade e físico não ganha nada. Tem que ter algo a mais.

O tom das respostas foi forte. Na última questão, reiterou que havia chegado ao limite.

- Chegou ao meu limite. Poxa, consegui fazer com que o time tenha uma disposição que queria.
E depois levo um tapa na cara como foi no primeiro tempo de hoje – reclamou, pegando uma garrafa d’agua e deixando a sala de imprensa.

Fernandão, técnico do Inter, contra o Sport (Foto: Alexandre Lops / Inter, DVG)Fernandão, técnico do Inter, contra o Sport (Foto: Alexandre Lops / Inter, DVG)

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